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06/02/2020 Sindicato

Petrobras baixa os preços nas refinarias, mas consumidor mal percebe

A Petrobras anunciou, ontem, uma nova redução nos preços dos combustíveis, nas refinarias. A queda de 4,3% da gasolina e de 4,4% do diesel é o quarto reajuste negativo da companhia em quatro semanas, período em que a cotação do barril do petróleo do tipo Brent caiu, impactada pelo temor de que o surto de coronavírus desacelere o consumo chinês. O cenário de baixa nas refinarias, porém, não tem chegado com a mesma intensidade ao consumidor.

Desde o primeiro reajuste da Petrobras no ano, no dia 13 de janeiro, os preços da gasolina se mantiveram estáveis na bomba, a cerca de R$ 4,67 o litro, em média, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Triad Research. No caso do diesel, a queda dos preços ao consumidor,no mesmo período, é quase imperceptível: de apenas R$ 0,01 (-0,2%), para uma média de R$ 3,91. Já a pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP) revela que os preços finais do diesel S10 e da gasolina comum recuaram pela primeira vez no ano na semana entre 26 de janeiro e 1º de fevereiro: queda de R$ 0,02 o litro (-0,5%) no caso do diesel

Pouco, se comparado ao movimento que a Petrobras fez. Desde o início do ano, a petroleira fez quatro reduções. O diesel acumula uma queda de 13,7% nas refinarias e a gasolina uma retração de 11,3%, acompanhando a baixa de 12,6% do barril do tipo Brent no mercado internacional desde o dia 13 de janeiro.

Olhando em uma perspectiva de longo prazo, o comportamento dos preços nos postos indica uma tendência de não repasse integral das oscilações do petróleo para o mercado doméstico. No acumulado desde dezembro de 2018, na transição do governo de Michel Temer para Jair Bolsonaro, até janeiro deste ano, o preço do diesel, na revenda, em dólar, subiu 1,4%. Já a gasolina caiu 1,8% no mesmo período, frente a uma alta de 8,5% na cotação do Brent.

Postos e distribuidoras atribuem a demora do repasse das quedas dos preços da Petrobras a aspectos como a gestão de estoques, a alta do etanol (misturado à gasolina) e a tributação. O presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda, representante dos revendedores, afirma que, historicamente, a queda dos preços nas refinarias demora entre 10 a 15 dias para chegar na bomba. Ele atribui a demora no repasse, sobretudo, à administração dos estoques.

“As distribuidoras são obrigadas a manter grandes volumes de estoques. Muitas vezes essas empresas pagam um valor para compor essas reservas e logo em seguida há uma queda nos preços da Petrobras. Aí elas têm de fazer uma gestão desse estoque, não repassando de imediato os novos valores para o posto. Elas trabalham então com uma média ponderada. Quanto maior o estoque, mais demorado tende a ser o repasse”, comenta.

O secretário-executivo do Sindicom, Leonardo Zilio, representante das distribuidoras, destacou por sua vez que o mercado abriga mais de 150 distribuidoras e 40 mil postos e que não há como esperar uma resposta homogênea de toda a cadeia.

“Os preços são livres. Houve também nas últimas semanas uma alta do etanol, que está na entressafra. Além disso, os governos estaduais levam entre uma ou duas semanas para revisarem o PMPF [Preço médio ponderado ao consumidor final, definido pelos Estados como base de cálculo para cobrança do ICMS]. Tudo isso cria um ambiente para que a resposta não seja uníssona”, defendeu.

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