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19/03/2021 Dinheiro

Combustíveis: Alívio para consumidor só a partir do mês de abril

Com os preços do barril do petróleo dando os primeiros sinais de recuo no mercado internacional, o consumidor brasileiro deve começar a sentir um alívio no bolso quando for comprar derivados do óleo, como diesel, gasolina e gás de cozinha, entre outros, a partir de abril. O diretor de operações da baiana Largo Petróleo, Márcio Sales, acredita que a alta deve dar lugar a um cenário de estabilidade nos próximos dois meses.

O preço do combustível é formado por impostos, pelo biocombustível (o etanol anidro na gasolina e o B100, no diesel) e os custos com a produção ou importação e distribuição dos produtos. Essa é a receita para definir os preços, explicou durante a entrevista para o programa Política & Economia, no Instagram do CORREIO (@correio24horas), apresentado pelo jornalista Donaldson Gomes.

Caso as medidas para a contenção da pandemia tenham o mesmo efeito registrado no primeiro semestre do ano passado, é possível que haja uma queda de 30% no consumo de gasolina, calcula Márcio Sales. Além disso, o mercado internacional começou a dar os primeiros sinais de um recuo nos movimentos de alta de preços.

“A perspectiva é que o mercado se estabilize com a vacinação de toda a população. O mercado internacional se estabilizando, mesmo que o Brasil tenha uma crise um pouco mais longa, esse preço tende a se estabilizar”, avalia. “E muito provavelmente em abril, deve ter um acréscimo na oferta de petróleo no mercado, o que deve baixar os preços. A expectativa é positiva para a população. Acredito que nos próximos dois meses isso esteja estabilizado”, acredita.

“A Petrobras é a empresa que detém entre 80% e 90% do fornecimento. Ela tem um sócio principal, que é o governo, mas é uma empresa de capital aberto, com ações na bolsa e tem um objetivo social, mas também precisa rentabilizar seus acionistas”, avalia Sales.

Ele explica que a empresa, por ter uma atuação internacional, adotou uma metodologia de acompanhamento de preços que oscilam de acordo com a paridade no mercado internacional. “Toda vez que os preços se modificam no mercado internacional, para cima ou para baixo, você vai ter um impacto em nosso país nessa precificação”, afirma. Ele lembra que a Petrobras tem uma política de importar parte do petróleo e derivados que comercializa no país.

“Se a empresa optasse por vender abaixo do valor de mercado isso traria prejuízo para os acionistas da empresa. Alguém teria que subsidiar”, aponta.
Além dos preços no mercado internacional, ainda entra na conta a cotação do dólar, que é a moeda usada nas transações internacionais, e o impacto dos biocombustíveis, lembra. “Nos governos passados, com a política de subsidiar e segurar preços, as usinas que fornecem o álcool anidro quase quebravam. Como a Petrobras segurava preços e o etanol precisava acompanhar os preços da gasolina, as usinas tiveram prejuízo”, diz. O diesel sofre o impacto do B100. “É um impacto grande na precificação, além da questão da precificação mundial”, afirma.

Márcio Sales foi questionado pela audiência a respeito da política de preços adotada pela Petrobras e sobre a participação da empresa no mercado de combustíveis. “Se a empresa vendesse o produto a preço de custo, alguém teria que pagar essa conta para o investidor, para o acionista da empresa.Nos governos passados, quem pagava era o governo, que dava um subsídio”, lembra.

“Como a Petrobras é de economia mista, se tiver um melhor preço no exterior, vai exportar o produto. Claro que há pressão do governo, mas também há pressão pela capitalização e rentabilidade da empresa porque de outro modo o acionista não vai investir nesta empresa”, avisa. “Este é o principal dilema, alguém sempre vai ter que pagar a conta”.

O diretor da Larco lembra que existe uma discussão no governo em torno da criação de um fundo que funcionaria como um “colchão” para aumentos e reduções nos preços, permitindo que o impacto nas oscilações de preços diminuam. “Esse fundo pode ser um recurso para equilibrar essas oscilações”, afirma.

O executivo explica que a Petrobras é autossuficiente na exploração de petróleo, porém não é no refino, uma vez que o país tem deficiência de refinarias e grande parte do petróleo extraído no Brasil não é utilizado nas refinarias nacionais, por conta de suas especificações. “Tem uma espécie de troca de petróleo com outros países que a empresa utiliza”, explica.

Márcio Sales explica que o processo de venda das refinarias passa por uma estratégia do atual governo para viabilizar investimentos no aumento da extração de petróleo.

Larco projeta um crescimento de 40% neste ano
A baiana Larco Petróleo planeja manter o ritmo de novos investimentos em 2021. No ano passado, a empresa que atua na distribuição de combustíveis conseguiu registrar 30% de crescimento. Agora em 2021, as expectativas são de uma nova alta, desta vez de 40%, impulsionada por um movimento de novas expansões nas operações da empresa.

Este ano a empresa pretende adquirir 50 novos equipamentos de transporte para ter toda a distribuição própria. Além disso, a empresa vai implantar mais uma base de operações no estado de Goiás, além de abrir mais uma base na Bahia e começar a operar em mais um estado da região Nordeste.

A Larco Petróleo vem registrando crescimentos anuais entre 20% e 25% nos último quatro anos, conta Márcio Sales. “A gente decidiu investir em um ano de pandemia, mesmo sem uma clareza em relação ao momento em que a situação iria melhorar. Alguns dos nossos concorrentes decidiram reduzir, mas os sócios e os funcionários fizeram uma força tarefa, conseguimos nos adaptar ao home office e crescemos 30% em 2020”, lembra.

Além de registrar boas margens e números positivos de faturamento, a empresa conseguiu assumir algumas posições, principalmente nos portos de Suape (PE) e Itaqui (MA). “Nós deixamos de ser uma empresa regional para nos tornarmos uma empresa nacional”, destaca. Sales acredita que a empresa tem plenas condições para encerrar 2021 com um crescimento de 40%. “Somos uma empresa nordestina, de origem baiana, e entre as dez maiores distribuidoras hoje já estamos entre a oitava e a sétima e somos a quarta do Nordeste”, destaca.

Hoje a empresa tem 300 colaboradores diretos e durante este período de pandemia, a empresa, além de manter o quadro, ainda conseguiu ampliar postos de trabalho. “Começamos o ano de 21 batendo recordes de movimentação e vendas. Infelizmente temos um lockdown que vai impactar, mas nós iremos superar”, acredita. “Nossa malha logística é um diferencial. Commodities, todo mundo vende, mas o atendimento, a logística e a marca Larco é o que vai fazer a diferença para nós”, acredita.

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